Satisfação de brasileiro com e-commerce é maior do que nos EUA, diz UPS
Uma pesquisa da UPS, empresa global de logística, mostrou que os consumidores no Brasil têm a mais alta satisfação (88%) com a experiência no e-commerce, comparados com os de outras regiões, como Estados Unidos (85%), Europa (81%), Canadá (77%) e Ásia (57%).
Segundo o estudo “UPS Pulse of the Online Shopper”, consumidores online brasileiros estão mais satisfeitos com compras em desktops ou laptops e menos com compras em lojas físicas.
Os brasileiros pesquisam e compram online 40% das vezes, mas fazem uma porcentagem maior de suas compras (47%) por meio de métodos de compra multicanal em comparação a compradores nos EUA, na Europa e no Canadá.
O relatório da UPS foi conduzido pela comScore e avalia os hábitos de compra do consumidor desde a pré-compra até o pós-entrega em seis regiões diferentes. Foram entrevistados mais de 18 mil pessoas, que realizaram ao menos duas compras pela internet no mesmo trimestre.
Made in China
O Brasil apresenta forte demanda por varejistas estrangeiros, já que 81% dos consumidores brasileiros confirmam ter feito uma compra online internacional. O país preferido é a China (63%). Sessenta por cento dos entrevistados no Brasil citaram melhores preços como o principal motivo para fazer compras internacionais.
“O mercado de compras digitais do Brasil continua apresentando oportunidades atraentes para varejistas online de todo o mundo. O setor de comércio eletrônico do país está programado para crescer a uma taxa de 12%, com vendas estimadas em R$53,5 bilhões (mais de US$15 bilhões), e mais de 60 milhões de consumidores devem comprar on-line em 2018”, disse Katia Tavares, diretora de marketing da UPS do Brasil.
Experiência Personalizada
De acordo com o estudo, os brasileiros preferem ter uma porcentagem significativamente maior de seus pedidos entregues em um local de entrega alternativo, aumentando de 26% em 2015 para 55% em 2018.
O envio para loja é outra preferência entre os consumidores brasileiros, onde 44% confirmaram ter usado este método pelo menos uma vez no ano passado e 67% deles dizem que planejam usá-lo com mais frequência no próximo ano.
Os varejistas deveriam estar atentos ao engajamento dos consumidores durante as entregas na loja, já que 58% desses compradores fizeram compras adicionais ao coletar fisicamente seus pedidos. Isso ressalta a importância para os varejistas de fornecer uma experiência excelente de compra online e na loja.
Os brasileiros são mais pacientes do que os compradores em outras regiões, indicando que estão dispostos a esperar, em média, sete dias se pagarem pelo frete e 11 dias se usarem frete grátis.
Entre aqueles que utilizaram a entrega no mesmo dia, 42% disseram que fazem compras na internet com mais frequência devido à disponibilidade de entrega no mesmo dia. Além disso, 68% dos compradores virtuais no Brasil abandonaram um carrinho de compras devido a um longo tempo de entrega ou nenhuma data de entrega fornecida em comparação a outras regiões.
A mentalidade móvel
O uso mobile é uma tendência entre os consumidores brasileiros, pois 90% dos compradores on-line no Brasil usam smartphones, a segunda maior porcentagem na região, atrás do México (92%), e superior aos compradores no Canadá (81%) e nos EUA (79%). 59% dos usuários de smartphones no Brasil fizeram uma compra em um smartphone, um aumento de 40% em relação a 2015.
Uma porcentagem significativamente maior de usuários de smartphones no Brasil (58%), em comparação com os de outras regiões pesquisadas, indica que eles comprarão mais em smartphones em relação ao ano anterior.
A frequência do uso de smartphones é especialmente maior no Brasil em relação ao uso dos dispositivos para localizar lojas e obter informações relacionadas à loja (95%), rastrear pedidos (94%), comparar preços (94%) e pesquisar produtos antes de visitar o estabelecimento (94%).
Os aplicativos de varejistas continuam crescendo em termos de popularidade no Brasil, com seu uso por mais de nove entre dez usuários de smartphone, em comparação com seis em dez usuários de dispositivos móveis em 2015. Os usuários de aplicativos de varejistas dizem preferir usar o aplicativo móvel de um varejista em vez do website por ser mais rápido.